A dragagem no Porto de Belém e a construção de um novo terminal de passageiros também estão nos planos da autoridade portuária para 2024
O presidente da Companhia Docas do Pará (CDP), Jardel Rodrigues, afirmou que a autoridade portuária deve participar de forma efetiva da construção da próxima edição da Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025. “Essa importante parceria vai deixar grandes resultado para a cidade de Belém e para o estado do Pará”, afirmou. A COP é evento ambiental mais importante do planeta, com a participação de 197 países. Esta será a primeira vez que o Brasil sediará uma reunião dessa magnitude sobre mudanças de clima.
Além da participação na construção da COP30, Rodrigues ainda destacou que a CDP deve realizar em 2024 a maior obra de dragagem de todos os tempos, que deve atingir todo o Porto de Belém. Também deve ser realizada a construção do novo terminal de passageiros. Com isso, a expectativa é que o Pará entre definitivamente na rota dos navios de cruzeiros nos próximos anos. “Todo esse conjunto de obras consolida a nossa participação efetiva na construção de um novo tempo”, completou o presidente.
Em novembro, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou que o Pará terá orçamento de cerca de R$ 5,6 bilhões para investimentos em portos, aeroportos e hidrovias. Segundo a pasta, além de investir em obras de manutenção e ampliação da capacidade portuária, estão previstas a construção de duas novas Instalações Portuárias de Pequenos Porte (IP4), nos municípios de Juruti e Oriximiná.
Também estão na lista de obras do Novo PAC, a derrocagem de Pedral do Lourenço, o plano de monitoramento hidroviário do Rio Tapajós, o arrendamento de contêineres de Vila do Conde, o terminal de múltiplo uso no Porto de Vila do Conde e a dragagem do Terminal Petroquímico de Miramar.
Os portos da CDP cresceram em 2023, segundo dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). De janeiro a novembro, foram movimentadas 33,7 milhões de toneladas nos portos de Vila do Conde, Santarém e Belém, um crescimento de 7%, se comparado com o mesmo período de 2022. As cargas mais movimentadas foram milho (1,4 milhões de toneladas), soja (7,1 milhões) e produtos químicos inorgânicos (5,2 milhões).
